A história satiriza o fato de algumas pessoas se deixarem levar por seitas orientais nos EUA, por volta dos anos 70. Isso ainda acontece hoje, embora timidamente, já que não temos o terreno fértil da contra-cultura, lixo ideológico que contaminou as mentes ocidentais no período em que Gore Vidal escreveu Kalki. As ideias de “exoterismo”, pseudo-religiões, e etc, encantavam os intelectuais, as celebridades e sub-celebridades do ocidente inteiro no pós-guerra.
O livro é narrado em primeira pessoa por Teddy, uma sub-celebridade extremamente chata e que se acha “a última bolacha do pacote”. Ela é chamada (mesmo não sendo jornalista) para fazer uma entrevista com Kalki, um ex soldado americano que se dizia ser a encarnação de Vishnu, o deus hindu. Ele anuncia o fim do mundo, e usa o espetáculo mediático para ganhar seguidores. Por trás da religião, ele comanda um esquema de venda de drogas, que ele usa para arrecadar dinheiro. Teddy decide trabalhar também para o deus, que precisava de um piloto, profissão da protagonista.
No final do livro descobre-se que Kalki é um super gênio da química, que usou um veneno ultra potente para assassinar a população. Ele colocou em flores de lótus, e pediu que Teddy, que é pilota, jogasse os lótus por todo o planeta. E ela fez. Os únicos sobreviventes do holocausto foram Kalki e sua esposa e mais três “Mestres Perfeitos” (os escolhidos), dentre eles, a personagem principal.
O guru e sua esposa foram encarregados, por eles mesmos, de darem a luz à nova humanidade. Mas descobre-se no final que eles não podem ter filhos devido a uma incompatibilidade sanguínea, ou cromossômica, não me recordo. O sócio de Kalki no esquema das drogas, um dos “Mestres Perfeitos”, e médico da equipe, Giles Lowell não contou ele sobre a incompatibilidade, devido a uma “queda” pela esposa do deus hindu. No planeta vazio vazio os cinco vivem, usando roupas caras, automóveis e hoteis de luxo, entre outras coisas. O livro termina muitos anos depois do “fim do mundo”, pela narrativa do megalomaníaco Kalki, o último vivo na Terra.
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